sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Reflexão # 70 - Para onde Vou? ...

imagem retirada da internet 

Nascemos puro e inocente amor, dotados da capacidade inata em confiar, entregar-se ao fluxo natural da vida… o mundo que se apresenta externamente, um permanente convite a descobrir-se enquanto ser humano… a interação com o meio envolvente a ferramenta que me conduz ao real propósito de estar aqui numa verdadeira epopeia existencial, sofrendo, ignorando, buscando libertação, desejando felicidade eterna, paz inabalável, que só voltando a reconhecer a inteligência perfeita que me permitiu vir ao mundo, aberto, disponível, puro, inocente, naturalmente amoroso, dotado da capacidade de reconhecer a natureza básica e fundamental que dita os contornos da minha história.
Procurar alimentar-se, nutrir-se do mundo, esperando dele conforto, carinho, reconhecimento, festinhas e coceguinhas na barriga, que consolam, compensam momentaneamente uma dor, é uma sentença de morte ainda que vivo. O mundo que se apresenta externo a mim é um mero reflexo, um espelho que posso usar e abusar para me ver mas que em algum momento vai tornar-se insuficiente para responder à busca mais sincera, profunda e verdadeira que habita os recônditos do coração. Mirar-se, adornar-se diante do espelho vai tornar-se escasso. Os fenómenos da humanidade em mim são infinitos, poderia sentar-me por toda a eternidade só a contemplar, apreciar, rejubilar, dramatizar, sofrer, ignorar, assim este corpo e mente fossem de natureza eterna… Mas, não é o caso. Tem prazo de validade, graças a Deus.
Então, algo precisa ser reconhecido, revelado, escutado… quem pede é um coração inquieto, insatisfeito, sedento de algo que não tem nome ou palavras e que se manifesta no cansaço, no desespero, na insaciabilidade do mundo, pessoas, relações. Algo que os olhos não vêm, os ouvidos não escutam, a boca não fala mas presente, auto-evidente.
Desejarei sentar com a pureza, inocência, confiança de uma criança que não julgando a sua ignorância, dá a mão para que lhe seja apresentada tal realidade.

E assim vai…  

HarihOm
Sónia A.

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