sexta-feira, 21 de julho de 2017

Reflexão # 105 - No Fluxo das Águas do Rio...

imagem retirada da internet 

A vida roda, a mudança é a cada milésimo de segundo em cada célula do corpo…
A sua natureza pede a cada um de nós entrega, confiança, conexão e sintonia…
Quando nos propomos a observar, sentir com toda a atenção e disponibilidade saberemos como resistimos, como bloqueamos o que se quer manifestar para nós a todo o momento…
É delicado, profundo e inevitavelmente traz consigo dor… estamos aprender a desconstruir, a largar, a deixar ir tanta crença, apego, hábitos, vícios que de alguma forma saciam o insaciável desejo por amor, felicidade, bem-estar, alegria.
No processo nada de errado há com ressentimentos, raiva, mágoas, lamentos, desilusões, tristeza, alegria, culpa e tudo o que se manifeste. Na verdade essa é a maior bênção colocada diante do peito para que os pés sejam puxados na direção do chão para reverenciar com toda a naturalidade a grandeza, inteligência maior de toda esta existência.
Que possamos ter a coragem de ver com toda a clareza, acolher, abraçar e deixar passar pelas águas purificadoras desta grande roda da vida. Se por instantes me permitir largar e deixar ir com as águas do rio encontrarei a fonte inesgotável de vida, alegria e amor que cura, ampara, devolvendo este corpo e mente abertos, limpos para a experiencia de viver, de se relacionar, de sonhar, de construir, conquistar. Tudo aparentemente é igual no entanto com outro sabor, prazer, sabedoria e disponibilidade.

HarihOm 
Sónia A.  

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Reflexão # 104 - A Critica Destrutiva...

imagem retirada da internet 

Uma crítica destrutiva não é mais do que um mecanismo de defesa e proteção diante da ausência de força para ir ao encontro do vislumbre das suas próprias sombras.
A ignorância e desconexão com o que é essencial corrompe e compromete a auto estima, projectando nos demais a frustração de não se ver suficiente em si mesmo.
A dependência sempre nos colocará num ringue de luta e sangue muitas vezes disfarçado da vida ideal, confortável, conveniente, prazerosa e abundante. A natural fragilidade do fenómeno inquieta um coração que em si mesmo reconhece os trâmites subtis do jogo.
Esta dinâmica existencial é perfeita e se ao invés criticar destrutivamente o outro, questionar o desejo e necessidade de o fazer, sem condenar, julgar e genuinamente querer olhar, transcender, estarei a resgatar o poder pessoal, a integridade precisa para fazer da vida uma obra de arte e pintá-la com as cores que profundamente se deseja.
Quando o coração é assolado por uma crítica de carácter negativo, destrutivo e manipulador sabe que nada de errado há com ele. Apenas está a reflectir o que não é real, verdadeiro. A cobra venenosa é o sofrimento que cega, é a ausência de amor e respeito por si mesmo.
Aprender a transformá-las no fertilizante puro e natural que prepara a terra para belas e abundantes flores, extasiando-nos com o seu perfume, é a arte, o artista e a obra. 
HarihOm
Sónia A. 

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Pensamentos Soltos # 110

imagem retirada da internet 

Não é a vulnerabilidade que nos amedronta mas as memórias inconscientes de ser ferido…
O nosso peito ora estufa, ora se encolhe… ambas formas de colocar diante de si um escudo, uma proteção, defesa para não aceder às dores que na verdade curam…
Muitas vezes foi preciso cair e esmurrar os joelhos para sentir que se é capaz e assim curar a dor de se sentir incapaz…
Quando estremecidos por um ego ferido tendemos a fazer peito, a empinar o nariz, a esquivar-se da troca de olhares e palavras, ou até mesmo a encolher o peito, a proclamar uma espécie de vitimização e até mesmo vingança… vestimos os papéis de heróis e heroínas, de deuses e deusas que alimentem a nossa profunda frustração de resistir ao que tanto anseia o coração…
Se nos atentarmos saberemos que existe uma força que puxa os nossos pés na direcção da terra enquanto o nosso olhar é convidado a ver o peito que se recolhe dentro de si mesmo para se sentir, curar, abraçar, descobrindo a força do ventre que ergue, alinha e sustenta a nossa coluna, criando espaço que nos conduz à livre expressão de falar e pensar. A mente respirar-se-á mais ampla, tolerante, compassiva, amorosa e relativa. Os gestos, as palavras, as escolhas, decisões mero reflexo de um corpo destemido do chão que ampara a sua queda e o devolve à força primordial de se erguer para a travessia que o conduz às alturas de si mesmo.
HarihOm 
Sónia A.