quinta-feira, 13 de julho de 2017

Pensamentos Soltos # 110

imagem retirada da internet 

Não é a vulnerabilidade que nos amedronta mas as memórias inconscientes de ser ferido…
O nosso peito ora estufa, ora se encolhe… ambas formas de colocar diante de si um escudo, uma proteção, defesa para não aceder às dores que na verdade curam…
Muitas vezes foi preciso cair e esmurrar os joelhos para sentir que se é capaz e assim curar a dor de se sentir incapaz…
Quando estremecidos por um ego ferido tendemos a fazer peito, a empinar o nariz, a esquivar-se da troca de olhares e palavras, ou até mesmo a encolher o peito, a proclamar uma espécie de vitimização e até mesmo vingança… vestimos os papéis de heróis e heroínas, de deuses e deusas que alimentem a nossa profunda frustração de resistir ao que tanto anseia o coração…
Se nos atentarmos saberemos que existe uma força que puxa os nossos pés na direcção da terra enquanto o nosso olhar é convidado a ver o peito que se recolhe dentro de si mesmo para se sentir, curar, abraçar, descobrindo a força do ventre que ergue, alinha e sustenta a nossa coluna, criando espaço que nos conduz à livre expressão de falar e pensar. A mente respirar-se-á mais ampla, tolerante, compassiva, amorosa e relativa. Os gestos, as palavras, as escolhas, decisões mero reflexo de um corpo destemido do chão que ampara a sua queda e o devolve à força primordial de se erguer para a travessia que o conduz às alturas de si mesmo.
HarihOm 
Sónia A.  

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